sexta-feira, 19 de março de 2010

"Um impulso egoísta"

Catarina Portas, ex-jornalista e actual empresária, não quer voltar ao passado, mas viaja com frequência ao antigamente. Há cinco anos que embarca em tal aventura, recuperando o melhor do passado português. Depois, partilha-o com os visitantes dos espaços que criou, as lojas A Vida Portuguesa, em Lisboa e, recentemente também no Porto, e nos três centenários quiosques lisboetas que recuperou no Verão passado. Uma aventura que ultrapassa os seus "sonhos mais audazes". E confessa: tudo começou com um "impulso egoísta".

Catarina Portas não queria que desaparecessem alguns produtos portugueses aos quais reconhecia qualidade. "Se tinham resistido durante tantos anos não eram maus e, além disso, alguns deles tinham embalagens absolutamente deliciosas. Eu não queria que acabassem", explica. Enveredou então num verdadeiro trabalho de investigação sobre produtos "antigos, genuínos e deliciosos". A pesquisa levou-a a drogarias, fábricas e oficinas de artesãos de todo o país, na senda de objectos que "estavam no mercado há 30 ou 40 anos, com grande dose de manufactura". Hoje, as lojas de Catarina contam exclusivos de marcas históricas como as dos sabonetes Ach. Brito e Confiança, ou caixas do mítico lápis Viarco. (...)

Joana Haderer, revista Gingko, Fevereiro/Março 2010.

Sem comentários: