segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

"Toma e embrulha!"

"Porque os presentes podem ter mensagens lá dentro, mais doces e sarcásticas, perguntámos a dez ilustres portugueses o que ofereceriam a três famosos. Textos de Bernardo Mendonça e Joana Flora.

Catarina Portas. Empresária.

Lápis Viarco para Vítor Gaspar. Ofereceria ao ministro das Finanças uma dúzia de lápis Viarco, fabricados em São João da Madeira. Para lembrar que os produtos portugueses também são bons, são baratos, são locais (ambientalmente mais económicos) e dão emprego num país que necessita deles como de pão para a boca. A Viarco tem quase cem anos, simboliza o saber fazer português, que é bom e recomenda-se. Além disso, estamos em tempo de fazer contas. Um lápis significa também um desejo de regresso a uma economia mais real. Não deveria o Estado dar o exemplo e gastar lápis portugueses, em vez dos alemãos ou chineses que os organismos e repartições públicas parecem preferir?

Sabonetes para Margarida Vila-Nova. Escolheria para a atriz, que se mudou para Macau por uns tempos e por lá se tornou lojista e empresária à frente de uma Mercearia Portuguesa de sucesso, uma caixa de belos sabonetes portugueses Ach. Brito. Um presente a louvar a coragem de portugueses que partem para terras distantes para venderem o que de melhor fazemos. É disto que precisamos!

Uma Pandeireta para Rui Reininho. Ao Rui daria uma pandeireta tradicional com uma inusitada ilustração de gatinhos pândegos (assim como nós!), por me fazer feliz há 30 anos, desde que começou a cantar com os GNR. Comprei o álbum "Os HOmens Não Se Querem Bonitos" aos 16 anos. É um disco que sei de cor, como se fosse uma casa minha. Mais tarde ganhei o Prémio Gazeta Revelação com a reportagem "24 Horas na Vida de Rui Reininho", que mais uma vez me fez feliz. Mais tarde ainda, fomos felizes juntos. E hoje que sorte que tenho em chamar amigo a este homem que admiro, seja no palco ou na vida." Expresso, 10 Dezembro 2011.

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